DA LÍRICA MODERNA À LÍRICA CONTEMPORÂNEA: O ESPECTRO DE BAUDELAIRE NA LÍRICA TOLENTIANA

Autores

  • Nívia Maria Santos Silva UFBA - Universidade Federal da Bahia

Palavras-chave:

Lírica clássica. Lírica moderna. Lírica contemporânea.

Resumo

O presente ensaio se propõe a investigar em que medida a lírica contemporânea se distancia e/ou se aproxima da lírica moderna, mantendo um diálogo com a lírica clássica. Para tanto, será realizado, primeiramente, um panorama do lirismo ocidental para depois a análise do poema O espectro de Bruno Tolentino em contraponto com o poema Paisagem de Charles Baudelaire. O cotejamento dos poemas tem a finalidade de identificar, a partir da influência baudelairiana sobre a poética tolentiana, seus pontos de semelhança e contraste e, assim, como Tolentino realiza em seu fazer poético a defesa de uma ars poética, um caminho literário a seguir.

 

DOI: 10.18304/1984-6614/scripta.alumni.n14p223-238

 

 

Biografia do Autor

Nívia Maria Santos Silva, UFBA - Universidade Federal da Bahia

Doutoranda em Literatura e Cultura (PPGLitCult - UFBA)

Referências

AGAMBEN, G. O que é contemporâneo. In: _____. O que é contemporâneo? e outros ensaios. Tradução de Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009, p. 55-73.

AMORA, A. S. Introdução à teoria da literatura. São Paulo: Cultrix, 2001.

ARISTÓTELES. Poética. In: _____. Aristóteles. Tradução de Eudoro de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 2000, p. 37-75. (Coleção Os pensadores).

BAUDELAIRE, C. As flores do mal. Tradução e notas de Ivan Junqueira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

_____. Embriagai-vos. In: BARROSO, I. (Org.) Poesia e prosa, volume único. Tradução de Ivan Junqueira. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995, p. 322.

BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Tradução de Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

BERARDINELLI, A. As muitas vozes da poesia moderna. In: _____. Da poesia à prosa. Tradução de Maurício Santana Dias. São Paulo: Cosac & Naif, 2007, p. 14-41.

COLLOT, M. O sujeito lírico fora de si. Terceira Margem: poesia brasileira e seus encontros interventivos. Tradução de Alberto Pucheu, ano VIII, n. 11, Rio de Janeiro, 2004, p. 165-177.

CROCE, B. Breviário de estética Aesthetica in nuce. Tradução de Rodolfo Ilari Jr. São Paulo: Ática, 1990.

FRIEDRICH, H. A estrutura da lírica moderna: da metade do século XIX a meados do século XX. Tradução de Marise M. Curioni. São Paulo: Duas cidades, 1978.

HEGEL, G. W. F. Estética. Tradução de Álvaro Ribeiro. Lisboa: Guimarães, 1980.

HORÁCIO. Arte Poética: Epistula ad pisones. In: ARISTÓTELES; HORÁCIO; LONGINO. A poética clássica. Tradução de Jaime Bruna. São Paulo: Cultrix, 2005, p. 51-68.

HOUAISS, A. Houaiss dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010.

JABOR, A. Tolentino traz de volta a peste clássica. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/7/19/ilustrada/1

html>. Acesso em: 20 set. 2015.

LIPOVETSKY, G. Tempos hipermodernos. Tradução de Mário Vilela. São Paulo: Barcarolla, 2004.

PÉCORA, A. Gesto besta, sublime inatingível. Folha de São Paulo. Caderno Mais, n. 586, São Paulo, mai. 2003, p. 14-15.

TOLENTINO, B. Os sapos de ontem. Rio de Janeiro: Diadorim, 1995.

_____. A balada do cárcere. Rio de Janeiro: Top Books, 1996a.

_____. Quero o meu país de volta: Entrevista. Veja, ed. 1436, ano 29, n. 12, São Paulo, mar. 1996b, p. 7-10.

_____. Por que escrevo? Encarte do CD O escritor por ele mesmo: Bruno Tolentino. Rio de Janeiro: Instituto Moreira Salles, 2001, p. 1-13.

_____. O mundo como ideia. São Paulo: Globo, 2002.

_____. Sagração do poeta maldito: Entrevista. Continente cultural, n. 33, Pernambuco, set. 2003, p. 34-37.

Downloads

Publicado

2015-12-14

Edição

Seção

Presente e passado da poesia